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Dilemas amorosos

By Minerva, em 16.02.17

Desde tenra idade que tenho um dom, detetar paixões, por mais secretas que sejam, se me cruzo simultaneamente com a pessoa apaixonada e com a pessoa objeto da sua paixão, não há nada a fazer, uma espécie de alarme soa e fico a saber que existe ali um sentimento.

Na adolescência este dom foi-me muito útil para detetar pretendentes, evitar desilusões e ajudar todas as minhas amigas e alguns amigos, este dom rapidamente evoluiu para cupido e frequentemente o usei para juntar os casais mais tímidos ou distraídos.

O grande problema deu-se com a vida adulta quando as relações se complicam e é um desses casos complicados que me tem deixado apreensiva.

Um verdadeiro quádruplo amoroso, que os intervenientes não fazem ideia que esteja a acontecer.

Irei usar nomes fictícios para descrever a situação.

 

A Maria, amiga do coração está apaixonada pelo Ricardo, bom rapaz, de boas famílias, uma aposta segura para qualquer mulher que procure um marido

O Ricardo está apaixonadíssimo pela Inês, uma doidivanas, a minha amiga mais desprendida que não consegue manter-se em nenhuma relação por mais de 1 mês.

A Inês tem sentimentos pelo Ricardo desde sempre, mas o seu espírito aventureiro não a deixa admitir que o que deseja verdadeiramente é assentar com o Ricardo que é tudo o que sempre desejou.

O Tiago um daqueles rapazes lindos de morrer, simpático e inteligente mas que tem o defeito de ser demasiado namoradeiro está apaixonado pela Inês. A única mulher suficientemente desafiante para o levar à paixão.

E leva pois os dois vivem uma relação colorida há anos, ele para ela é o companheiro de farras, ela é para ele a mulher da vida dele, mas ele nunca o admitiu em voz alta.

 

E qual o dilema?

O Ricardo cansado de perseguir a Inês pediu a Maria em namoro, ela que sempre ansiou que ele parasse dois segundos para olhar para ela aceitou na hora, sem hesitar.

A Inês quando soube do noivado do Ricardo decidiu pedir o Tiago em namoro, percebeu que não pode ter o Ricardo e a pressão dos pais fizeram-na avançar.

O Tiago nem queria acreditar que finalmente ela percebeu que foram feitos um para outro.

A única pessoa que sabe de todos estes detalhes sou eu, uns confessados, outros por intuição.

 

E agora o que faço?

Deixo que a Maria e o Tiago vivam o amor que tanto desejaram, a verdade é que o Ricardo parece talhado para a Maria e a Inês para o Tiago.

Ou digo a Inês e a Ricardo que estão a cometer um erro? Porque afinal gostam um do outro.

 

Tudo seria mais fácil se as relações não estivessem a evoluir à velocidade da luz, mas uns já estão noivos e os outros dois preparam-se para noivar.

Com a agravante que se Ricardo algum dia apresentar Inês como namorada os seus pais provavelmente o deserdariam.

Este dilema poderia ser a base para um lindo romance, mas não é ficção, é real e eu sou a única pessoa que sabe a verdade e que irá estar com quatro sob o mesmo teto daqui no fim-de-semana durante quatro dias inteiros em Itália num cenário edílico e propício ao romance.

Pensei em contar a alguns amigos que estarão connosco para me ajudarem a trocar os pares durante o baile de máscaras, já que ninguém saberá quem é quem.

Já elaborei o plano, mas estou indecisa em leva-lo adiante porque a Maria se descobrir nunca me perdoará e ela é demasiado importante na minha vida.

atiçado às 12:49


17 comentários

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De Minerva a 16.02.2017 às 14:33

É uma boa solução, tenho a certeza que se forem francos um com o outro entendem-se.
O meu receio é pela Maria, será um choque muito grande para ela.

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